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O QUE É A MISSA? O QUE É A MISSA?

Alguns dão muita importância para a missa. Alguns vão apenas por hábito ou porque Alguns dão muita importância para a missa. Alguns vão apenas por hábito ou porque é uma obrigação, um mandamento da Igreja. Há pessoas que pensam que a missa e outras orações (por exemplo, o rosário; o momento de louvor, etc. ) é tudo a mesma coisa. A única diferença é que, na santa missa, é padre e as outras devoções não. Então, o que é a missa? Como começou? Para que serve? Acaso qualquer oração é igual a missa?

A MISSA COMEÇOU COMO UM JANTAR FESTIVO A MISSA COMEÇOU COMO UM JANTAR FESTIVO

O povo de Israel que foi liberto da escravidão do Egito todos os anos O povo de Israel que foi liberto da escravidão do Egito todos os anos recordavam este evento. A forma de lembrar-se da libertação era se reunir a família e comer um cordeiro. Essa grande festa da libertação era a festa da Páscoa. Jesus também celebrou esta festa. Esse ano ele decidiu comer junto com seus discípulos a ceia do cordeiro. A Última Ceia é o nome dado à última refeição que Jesus dividiu com seus apóstolos em Jerusalém antes de sua crucificação. Ela é a base escritural para a instituição da Eucaristia, também conhecida como "Comunhão".

Durante a ceia, Jesus tomou o pão, deu graças a Deus e o distribuiu Durante a ceia, Jesus tomou o pão, deu graças a Deus e o distribuiu entre os seus companheiros dizendo: isto é o meu Corpo, que será entregue por vós. Em seguida, ele tomou um copo de vinho e disse: este vinho é o meu sangue que será derramado por vós. É o sangue da Nova Aliança. E acrescentou que eles fizessem isso para lembrarem-se dele. Assim nasceu a Missa: durante uma refeição, comendo juntos, recordando a grande libertação do povo.

Vamos ler a Bíblia? Leituras da Bíblia: Deus convida o povo a celebrar a Vamos ler a Bíblia? Leituras da Bíblia: Deus convida o povo a celebrar a libertação comendo um cordeiro: Êx 12, 1 -11. A Ceia de Jesus foi a Ceia pascal judaica: Marcos 14, 12 -25; Lucas 22, 7 -20; João 13, 1 ss; I Coríntios 11, 23 b-25.

SE A MISSA NASCEU DURANTE UMA REFEIÇÃO. Comer juntos é um sinal de amizade, SE A MISSA NASCEU DURANTE UMA REFEIÇÃO. Comer juntos é um sinal de amizade, de união, de festa. Aquele que come do mesmo prato é porque é da família, é amigo, companheiro leal. Durante a missa todos comemos do mesmo pão, no mesmo prato, bebemos o mesmo vinho, no mesmo copo. O pão e o vinho são Jesus, esta refeição é chamada comunhão: -União com Deus, nosso Pai. -União com os irmãos. -Sinal de igualdade.

Só pode comer este pão: -Quem sabe compartilhar com o outro o que é Só pode comer este pão: -Quem sabe compartilhar com o outro o que é e o que tem. -Quem está comprometido com os pobres e os fracos assim como Jesus. -Quem luta para que todos tenham justiça e liberdade.

Não pode receber a comunhão: -Quem só se preocupa consigo mesmo, com seus negócios Não pode receber a comunhão: -Quem só se preocupa consigo mesmo, com seus negócios e interesses. -Quem explora a classe trabalhadora. -Quem se acha superior aos outros. -Quem persegue outros e despreza os pobres e os fracos.

Leituras da Bíblia: -Para comer com Jesus se exige mudança de vida. Lc 19, Leituras da Bíblia: -Para comer com Jesus se exige mudança de vida. Lc 19, 1 -10 -Somente os pobres aceitam os festejos: Lc 14, 15 -24 e Mt 22, 1 -10. -Na refeição do Senhor, não pode haver divisões: 1 Cor 11, 17 -34. -Há um juízo de Deus sobre os que comungam indignamente: 1 Cor 11, 27 -34. -Comer o mesmo pão significa querer formar um único corpo: 1 Cor 10, 16 -17.

Na celebração da missa se faz sacramentalmente a memória de que Jesus morreu e Na celebração da missa se faz sacramentalmente a memória de que Jesus morreu e está vivo. O pão e o vinho na missa são sinal, recordação e atualização da morte e ressurreição de Jesus. -O PÃO É O CORPO MORTO. -O VINHO, O SANGUE DERRAMADO. A missa torna presente Jesus ressuscitado no meio da comunidade. A ressurreição de Jesus é a grande força dos cristãos, a fonte de coragem e de esperança. É sinal e garantia de vitória e libertação.

Ao comer deste pão e beber deste vinho os cristãos ficam comprometidos a lutar Ao comer deste pão e beber deste vinho os cristãos ficam comprometidos a lutar e viver como Jesus, sem medo de perseguição, sofrimento e até mesmo a morte para que o projeto de amor do Pai se concretize. Participar da missa é unir todo o trabalho, todo o sofrimento, cada luta, cada morte, ao sofrimento e a morte, mas também ressurreição de Jesus. A missa é a celebração da Aliança assinada com sangue. O sangue de Jesus é o sangue da nova Aliança eterna que Deus faz com os seres humanos. Mas Deus não força as pessoas a fazer coisas, a aceitar a Aliança. Deus respeita o homem e a sua liberdade. O sangue de Jesus selou este acordo.

PELO PRESENTE ACORDO DEUS: -Nunca abandona o povo. -Jesus vivo e ressuscitado acompanha o PELO PRESENTE ACORDO DEUS: -Nunca abandona o povo. -Jesus vivo e ressuscitado acompanha o caminho do povo até o fim dos tempos. E OS SERES HUMANOS: - Devem aceitar Deus como seu único Senhor e Pai. - Devem obedecer aos seus mandamentos. - Devem viver com os outros como companheiros – irmãos e irmãs!

A celebração da missa é a festa de ação de graças a Deus por A celebração da missa é a festa de ação de graças a Deus por esta aliança; é, por isso também, que tem o nome de Eucaristia quer dizer: ação de graças. Todas as vezes que comemos o pão e bebemos o vinho, renovamos este acordo, que nos compromete com a comunidade, para fazer como Jesus, para dar a sua vida, para que o Reino de justiça e de amor se concretize em breve. A missa nasceu durante a festa na qual Jesus lembrou -se da libertação do povo de Israel. Por isso cada missa é a celebração da libertação porque recorda e torna presente a ressurreição de Jesus, que é o que garante a libertação das pessoas.

O pão e o vinho se espalham entre todos na mesma porção. Isso é O pão e o vinho se espalham entre todos na mesma porção. Isso é o sinal de um mundo novo, de uma sociedade nova. Quando o fruto do trabalho dos seres humanos e todos os bens da natureza irão servir todos por igual e também serão distribuídos entre todos. Este novo mundo começa aqui e agora. E vai estar pronto e acabado no novo céu e nova terra. Quando Jesus voltar para que se enxuguem todas as lágrimas, terminando com toda dor e sofrimento. Em seguida, a alegria será completa e a festa não mais se acabará.

Portanto, a missa é uma refeição. Jesus escolheu para esta refeição pão e vinho, Portanto, a missa é uma refeição. Jesus escolheu para esta refeição pão e vinho, porque ela era a comida que existia em qualquer casa do seu povo, tais como o arroz, o feijão, a batata entre nós. O pão e o vinho são frutos do trabalho dos seres humanos. Com o trabalho, o homem transforma o trigo e a uva, frutos da natureza, em pão e vinho. O Espírito Santo, através da sua presença na comunidade, transforma o pão e o vinho no Corpo e no Sangue de Jesus.

A missa é a principal oração dos cristãos é a mais importante. A diferença A missa é a principal oração dos cristãos é a mais importante. A diferença com outras orações é que: - Jesus fez a mesma missa e disse-nos: "Façam isso para lembrar-se de mim". -Jesus ressuscitado está presente no Pão e no vinho.

A última ceia foi uma refeição, tal como o próprio nome indica. A Eucaristia A última ceia foi uma refeição, tal como o próprio nome indica. A Eucaristia é também banquete pascal. O gesto cristão fundamental para entrar em comunhão com Deus é, assim, uma refeição partilhada em memória de Jesus e que tem como alimento o próprio Cristo, na sua entrega por nós. É o próprio Jesus Cristo que convida para o banquete: “tomai e comei. . . tomai e bebei. . . ”. É ainda ele que diz: “Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós” (Jo 6, 53 ss).

“Receber a Eucaristia na comunhão traz consigo, como fruto principal, a união mais íntima “Receber a Eucaristia na comunhão traz consigo, como fruto principal, a união mais íntima com Cristo”, diz o Catecismo (n. º 1391). Assim como o alimento fortalece a nossa vida corporal, assim também a comunhão “conserva, aumenta e renova a vida da graça recebida no Batismo. Este crescimento da vida cristã tem de ser alimentado pela Comunhão eucarística, pão da nossa peregrinação até à hora da morte, em que nos será dado como viático” (Catecismo 1392).

Porque nos une mais intimamente a Cristo, a Comunhão purifica-nos das nossas faltas veniais Porque nos une mais intimamente a Cristo, a Comunhão purifica-nos das nossas faltas veniais e fortalece-nos na luta contra o pecado. A comunhão realiza ainda a unidade no Corpo de Cristo que é a Igreja e tem em si uma exigência de caridade, de maior atenção aos mais desfavorecidos. A missa é realizada pelo conjunto da comunidade cristã – Corpo de Místico de Cristo. Cada comunidade tem o seu presidente. Na comunidade cristã o sacerdote é um presidente. Em cada Missa, o sacerdote repete as palavras de Jesus, mas eles estão todos juntos, é a comunidade que faz toda missa. A missa é para quem tem fé em Jesus e vive a fé juntamente com os outros na comunidade.

A NATUREZA DA LITURGIA 1 - HISTÓRIA DA SALVAÇÃO 11 O ponto de partida A NATUREZA DA LITURGIA 1 - HISTÓRIA DA SALVAÇÃO 11 O ponto de partida para compreendermos a Liturgia, segundo a renovação proposta pelo Concílio Vaticano II (1962 -1965), é a perspectiva da História da Salvação, isto é, Deus participa e intervém na história humana revelando-se e conduzindo sua criação segundo um projeto de Amor.

12 A História da Salvação possui três momentos: a) Tempo da Promessa Este momento 12 A História da Salvação possui três momentos: a) Tempo da Promessa Este momento consiste na preparação segundo a intervenção paciente ao longo dos séculos pelo Pai na história e na cultura do povo de Israel através dos acontecimentos e dos profetas (Hb 1, 1); b) Plenitude dos Tempos É o cumprimento das promessas do Antigo Testamento e do desígnio de Amor do Pai na pessoa do Filho de Deus, Jesus Cristo. Assim, com a encarnação de Cristo, Deus vem ao encontro e se une à humanidade, divinizando-a em Cristo pelo Mistério Pascal. O Mistério Pascal é o centro da História da Salvação e o objeto principal da Liturgia da Igreja; c) Tempo da Igreja É o prolongamento da História da Salvação realizada pelo Mistério Pascal de Cristo e exercida pela Igreja através do Espírito Santo em todas as nações e povos até o fim dos tempos.

13 Um dos sentidos mais belos da palavra “salvar” é “unir-se com Deus”. Na 13 Um dos sentidos mais belos da palavra “salvar” é “unir-se com Deus”. Na História da Salvação o que impulsiona o agir de Deus e o que deve ficar em primeiro plano é o desígnio eterno de Amor do Pai que antecede toda a criação, e não o Pecado. É o que percebemos em São Paulo: “E nos escolheu n’Ele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante de seus olhos” (Ef 1, 4). Portanto, na Liturgia da Igreja, Deus prossegue a História da Salvação, e, a cada celebração, o mistério pascal de Cristo é atualizado, e, pela força do Espírito Santo de Deus, os batizados permanecem unidos a Cristo e se tornam suas testemunhas. Isso se fundamenta no projeto original da criação narrado nos três primeiros capítulos do livro do Gênesis. A situação original do ser humano no relacionamento com Deus é a amizade, o estar juntos. Com o pecado, esta situação original foi degenerada. Após desobediência a Deus, Adão e Eva fogem, se escondem e se afastam de Deus que os procura no Jardim do Éden.

2 - O QUE É LITURGIA? 14 ação em benefício do bem comum. O 2 - O QUE É LITURGIA? 14 ação em benefício do bem comum. O Catecismo da Igreja Católica apresenta a Liturgia Cristã como uma obra da Santíssima Trindade realizada por Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote, através do seu Corpo Místico, que é a Igreja, em favor de toda a humanidade. Cf. Catecismo da Igreja Católica, Loyola, São Paulo, 2003, n. 1077 -1109.

15 Na Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium, a Liturgia é considerada como o exercício do 15 Na Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium, a Liturgia é considerada como o exercício do múnus sacerdotal de Jesus Cristo, no qual, mediante sinais sensíveis, é significada e realizada a santificação do homem; e é exercido o culto público integral pelo Corpo Místico de Cristo, Cabeça e membros. Disto se segue que toda a celebração litúrgica, como obra de Cristo sacerdote, e de Seu Corpo que é a Igreja, é uma ação sagrada por excelência, cuja eficácia, no mesmo título e grau, não é igualada por nenhuma outra ação da Igreja. Cf. Constituição Conciliar sobre a Liturgia Sacrosanctum Concilium, n. 7.

16 Os cristãos reunindo-se numa assembleia litúrgica, além de manifestar o Mistério de Igreja, 16 Os cristãos reunindo-se numa assembleia litúrgica, além de manifestar o Mistério de Igreja, manifestam também o Mistério de Cristo, presente na comunidade eclesial, que age para a salvação de toda a criação. Portanto, a Igreja não é a única destinatária dos benefícios concedidos por Deus, mas toda a humanidade se beneficia quando a Igreja celebra. 17 Esta participação nos atos salvíficos de Cristo na Liturgia ocorre no exercício do sacerdócio régio concedido a todo batizado. A participação plena, consciente e ativa do cristão numa celebração litúrgica torna-se um direito e uma obrigação e deve ser respeitado e promovido pelos ministérios ordenados ou não, principalmente por meio de estudos e formações. Cf. idem, n. 14.

3 - COMO A LITURGIA ACONTECE? 18 A ação salvífica na Liturgia ocorre por 3 - COMO A LITURGIA ACONTECE? 18 A ação salvífica na Liturgia ocorre por meio de uma linguagem chamada rito. O rito constitui-se num ordenamento de ações simbólicas, formadas por gestos e palavras, que busca a integração entre Deus e os homens. 19 O rito é uma linguagem criada por um determinado grupo de pessoas e assumida publicamente por Deus, como percebemos desde o Antigo Testamento na prescrição da Páscoa Judaica. Na celebração eucarística, constatamos que a Liturgia Cristã assume o culto judaico realizado por Jesus na última ceia com os discípulos, porém insere-se neste culto antigo a novidade redentora da morte e ressurreição de Cristo, que chamamos de Mistério Pascal. Cf. Ex 12, 1 -28. Este ritual é originário de uma fusão de duas antigas culturas, anteriores à formação do povo de Israel e que habitavam naquelas regiões: os povos nômades que eram pastores e os povos sedentários que trabalhavam na agricultura. Ambos celebravam na primavera do Hemisfério Norte. Para maiores aprofundamentos: SERRANO, Vicente, A Páscoa de Jesus em seu tempo e hoje, Coleção Liturgia e Participação, Paulinas, São Paulo, 1997.

20 O rito possui as seguintes finalidades: a) celebrar a Aliança eterna entre Deus 20 O rito possui as seguintes finalidades: a) celebrar a Aliança eterna entre Deus e os homens realizada no Mistério Pascal; b) transmitir com fidelidade o patrimônio da fé de geração em geração (Tradição da Igreja); c) manter a unidade da Igreja segundo uma linguagem simbólica determinada (Rito Romano).

21 Com a renovação litúrgica, a compreensão das ações simbólicas fundamenta-se na tradição bíblica. 21 Com a renovação litúrgica, a compreensão das ações simbólicas fundamenta-se na tradição bíblica. Antes havia muitos tradicionalismos conservados no agir ritual da Igreja, fruto das épocas e dos povos ao longo da história da Igreja. Hoje, busca-se beber das fontes da Revelação e inculturar estas ações simbólicas na história contemporânea dos povos.

4 - CELEBRAÇÃO DO MEMORIAL 22 No rito, a Igreja celebra o memorial do 4 - CELEBRAÇÃO DO MEMORIAL 22 No rito, a Igreja celebra o memorial do evento central da história da salvação que é o Mistério Pascal de Cristo. Nesta frase temos mais dois conceitos fundamentais em Liturgia:

23 - Celebrar: é uma palavra de origem latina com a mesma raiz das 23 - Celebrar: é uma palavra de origem latina com a mesma raiz das palavras célebre, celebridade, e significa lembrar, recordar, não deixar cair no esquecimento. No Antigo Testamento temos várias referências sobre esta dimensão da vida da fé e vemos também os danos e os sofrimentos para o Povo de Israel quando eles esqueciam da Aliança com Deus, isto é, não celebravam plenamente (fé e vida) esta aliança. A arte de celebrar está em unidade com a participação ativa e frutuosa dos fiéis. A celebração do rito, que faz memória da salvação, “garante a vida de fé de todos os crentes, chamados a viver a celebração enquanto povo de Deus, sacerdócio real e nação santa”. Cf. Sl 137/136, 5 -6; Ex 20, 8 -11; Dt 8, 1 -6; 16, 1 -8. Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis, n. 38.

Quando celebramos o memorial do Mistério Pascal sob a força do Espírito Santo, presente Quando celebramos o memorial do Mistério Pascal sob a força do Espírito Santo, presente nas ações da Igreja, nós estamos: a) recordando a Aliança nova e eterna entre Deus e a humanidade, selada em Jesus Cristo num momento histórico da humanidade (Plenitude dos Tempos); b) atualizando a presença e a ação de Cristo no mundo, por meio da ação sacramental da Igreja, ligada com o compromisso pessoal e comunitário na vivência e testemunho dos ensinamentos evangélicos; c) profetizando a consumação do Reino de Deus no mundo, que ainda está em construção e por vir plenamente no fim dos tempos.

24 - Memorial: A categoria de “memorial” (em hebraico “zikkaron”, em grego “anamnesis”) foi 24 - Memorial: A categoria de “memorial” (em hebraico “zikkaron”, em grego “anamnesis”) foi a primeira que serviu para definir o que é a Eucaristia para os cristãos. O mandato de Jesus foi “Fazei isto em minha memória” (1 Cor 11, 25). Para os cristãos, o memorial da Morte e Ressurreição de Cristo não é somente recordação ou comemoração, mas a convicção de que Cristo Jesus, agora Ressuscitado, atualiza e nos comunica em cada celebração a força salvadora do acontecimento da cruz. É uma recordação eficaz, uma celebração que de algum modo atualiza o que recorda, ou seja, é um “sacramento” do acontecimento passado. Além disso, o memorial visa também o futuro, pois, em cada Missa, o comer o Pão e beber o Vinho, que são o Corpo e Sangue de Cristo (presente), proclamamos a morte do Senhor (passado) até que ele venha (futuro).

TEOLOGIA LITÚRGICA TEOLOGIA LITÚRGICA

Jesus Cristo não deixou nada escrito. Nem sobre liturgia. Não traçou nenhum ritual de Jesus Cristo não deixou nada escrito. Nem sobre liturgia. Não traçou nenhum ritual de cerimônias religiosas. A grande liturgia de sua vida foi, de fato, a sua entrega, na cruz, oferecendo-se como sacrifício, ao Pai e aos homens. Os apóstolos, porém, assistidos pelo Espírito Santo, organizaram as primeiras comunidades e criaram maneiras novas para o culto das mesmas.

Tudo foi sendo conforme a realidade e necessidade do povo. A Igreja vai se Tudo foi sendo conforme a realidade e necessidade do povo. A Igreja vai se encarnando, se aculturando, se adaptando conforme as necessidades de cada lugar e de cada época. E isto é bem claro com relação a liturgia. No principio, os apóstolos, como os primeiros cristãos, continuam frequentando o templo para oração. A Igreja, no seu começo, não possuía um culto próprio diferente do culto do judaísmo. Mas, ao mesmo tempo em que frequentavam o templo, os cristãos iam criando formas próprias de culto, celebrando a nova aliança com morte de Cristo pela renovação da Ceia Pascal do Senhor. Era uma ação ritual sem uma sistematização muito apurada que só foi se dando com o passar dos anos pela reflexão teológica da Igreja.

Falar de uma teologia da liturgia ou da liturgia como teologia é uma tarefa Falar de uma teologia da liturgia ou da liturgia como teologia é uma tarefa recente, que remonta ao Movimento Litúrgico (final do século XIX e início do XX), perpassa o Concílio Vaticano II e tem a sua continuidade na reforma litúrgica pós conciliar, naquilo que os caracterizou como a real necessidade de retorno às fontes – importante dizer: bíblicas e patrísticas. Isto implica em afirmar e acolher uma nova compreensão da liturgia como tal, superando o conceito rubricista e instrumentalista instaurado na Idade Média, ainda encontrado nossos tempos, mesmo que seja mascarado com sinais de avanço ou preocupação com a vida litúrgica da Igreja.

Uma real aproximação do conceito de liturgia nos ajuda a romper também com duas Uma real aproximação do conceito de liturgia nos ajuda a romper também com duas tendências difundidas depois do Concílio Vaticano II, como formas subjetivas de lidar com a ação ritual da Igreja. A primeira forma a ser refutada é aquela que aprisiona a liturgia em uma espécie de “armadilha”, buscando responder, muitas vezes em leituras reducionistas, a questões de “pode ou não pode”. A liturgia, assim, é vista como se fosse ou dependesse de uma decisão pessoal, ditada por puras “leis”, destituindo-a da teologia que ela quer expressar, quer nos fazer acolher e experimentar no ato ritual enquanto ação divina na vida dos seus filhos e filhas. A outra tendência trata a liturgia como “objeto” pessoal, que de forma subjetiva, permite ações e opções pessoais de criatividades e liberdades, tornando-a espaço aberto, terra sem dono, num liberalismo desenfreado, descaracterizando-a de qualquer normatividade ou mesmo eclesialidade.

Numa tentativa de síntese, fruto dos conceitos oriundos do Movimento Litúrgico e da Constituição Numa tentativa de síntese, fruto dos conceitos oriundos do Movimento Litúrgico e da Constituição Sacrosanctum Concilium, podemos dizer que Liturgia é uma ação sagrada, através da qual, por meio de ritos e preces, na Igreja e mediante a Igreja, Cristo continua agindo e realizando a sua obra salvífica (Mistério Pascal), pondo homens e mulheres em comunhão entre si, enquanto aguardam a sua volta (Cf SC 5 -8).

Para uma melhor compreensão, explicitemos esta definição, procurando ampliar os quatro conceitos que estão Para uma melhor compreensão, explicitemos esta definição, procurando ampliar os quatro conceitos que estão em sua base: Liturgia é uma ação sagrada. Antes de ser uma ação humana, a liturgia é uma ação divina, por força do Espírito Santo. É Deus quem age e continua agindo no mundo, de diversas formas, mas que, na Igreja, em particular, vive e age através das ações litúrgicas e pela força dos sacramentos, “de tal forma que quando alguém batiza, é Cristo mesmo que batiza”. Ele fala e dialoga com o seu povo, recordando a sua aliança e renovando-a no aqui e agora da história por sua Palavra, alimenta a esperança do seu povo e orienta a sua vida na construção de um mundo mais justo; oferece o seu perdão e misericórdia, reconciliando-nos e atraindo-nos a Ele; reforça e restaura as forças dos desanimados e doentes, dando-os a certeza da sua presença e do seu conforto; se dá em alimento, etc.

Por ser uma ação sagrada, na liturgia, Cristo, novamente, oferece e realiza a sua Por ser uma ação sagrada, na liturgia, Cristo, novamente, oferece e realiza a sua obra salvífica. É na e através da liturgia que o Cristo “leva a efeito” a sua obra de salvação da humanidade. Tendo sido a salvação predita pelos profetas, Cristo deixou aos apóstolos a missão de, não apenas anunciar o Evangelho, mas também de levar a efeito a obra da salvação, que a Igreja assume, sobretudo, através das ações litúrgicas. E ao participarmos da sua ceia, anunciamos a sua morte até que ele venha (cf. 1 Cor 11, 26). Essa participação forma homens e mulheres para que cheguem à medida do Cristo (cf. Ef 4, 13; Gl 2, 19 -20), e se coloquem a serviço do seu Reino – dimensão ética e libertadora da liturgia.

Na liturgia a ação divina se dá através de ritos e preces. Os ritos Na liturgia a ação divina se dá através de ritos e preces. Os ritos na liturgia realizam o que proclamam: a salvação da humanidade. O valor principal dos ritos na liturgia não está em seu aspecto psicológico e emocional, mas em sua natureza sacramental: são símbolos e imagens reais daquilo que representam, ou seja, da salvação que celebramos. Eles nos colocam em contato com Cristo, para que possamos render ao Pai um culto idêntico àquele que o próprio Cristo fez.

Liturgia é uma ação na Igreja e com a Igreja. Por fim, a liturgia Liturgia é uma ação na Igreja e com a Igreja. Por fim, a liturgia é uma ação eclesial e não individual ou subjetiva. E mais que isso, Cristo continua agindo na Igreja e com a Igreja através da liturgia. Por isso mesmo, para a liturgia, não é possível compreender a Igreja sem a sua necessária relação e indissolúvel união com Cristo. É Ele quem age quando a Igreja realiza seus gestos simbólicos. A liturgia, portanto, antes de ser uma ação da Igreja a Deus, é a ação de Cristo na Igreja, de tal forma que a liturgia (ação de Cristo) precede à Igreja quando celebra.

Esta Igreja é uma Igreja peregrina no mundo (com todos os conflitos e desafios Esta Igreja é uma Igreja peregrina no mundo (com todos os conflitos e desafios que a sua vivência no mundo possa acarretar) que, por meio da liturgia, vive a comunhão num só corpo, antecipa profeticamente o Reino definitivo e nutre constantemente a sua esperança de, um dia, poder participar do banquete eterno na casa do Pai.