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GRAVIDEZ: UMA REVISÃO DA LITERATURA Nogueira da Silva, FH; Modote, HCC; Pradella, JGDP; Bottene, GRAVIDEZ: UMA REVISÃO DA LITERATURA Nogueira da Silva, FH; Modote, HCC; Pradella, JGDP; Bottene, MC; Bissoli, L, Mendes, KH; Myiazato, SG Faculdade de Medicina de Jundiaí Hospital Universitário de Jundiaí

INTRODUÇÃO Toxoplasma gondii : um parasita intracelular obrigatório Três formas: oocisto, eliminado nas fezes INTRODUÇÃO Toxoplasma gondii : um parasita intracelular obrigatório Três formas: oocisto, eliminado nas fezes de gatos, taquizoíto, uma forma de divisão rápida observada na fase aguda da infecção e bradizoíto, uma forma de crescimento lento observada em cistos teciduais. Prevalência: pode variar de região para região, conforme hábitos socioculturais, fatores geográficos e climáticos (Melamed et al, 1992)

Lívia, continue colocando o que achar pertinente na parte de INTRODUÇ O do trabalho Lívia, continue colocando o que achar pertinente na parte de INTRODUÇ O do trabalho pronto do Word. doc Você irá falar os objetivos do trabalho também, que é 1 parágrafo OK? ? ? Ass. : SLoth

OBJETIVOS A alta prevalência da toxoplasmose em gestantes, independente do nível sociocultural e do OBJETIVOS A alta prevalência da toxoplasmose em gestantes, independente do nível sociocultural e do ambiente em que vive, e o dever do médico ou profissional da saúde ter amplo conhecimento de seu diagnóstico e tratamento idealizaram um estudo, baseado na literatura especializada, sob um artigo de revisão que tivesse tais objetivos.

MATERIAIS E MÉTODOS Um levantamento na literatura especializada a respeito do assunto foi realizado, MATERIAIS E MÉTODOS Um levantamento na literatura especializada a respeito do assunto foi realizado, dando-se prioridade aos mais recentes e que possuem aceitação em diversos serviços, sempre seguindo as determinações do Ministério da Saúde da República Federativa do Brasil.

PATOGÊNESE Infecção primária: o gato pode eliminar milhares de oocistos por um período de PATOGÊNESE Infecção primária: o gato pode eliminar milhares de oocistos por um período de uma a três semanas Estes oocistos podem permanecer infectantes por períodos maiores de um ano em ambientes quentes e úmidos (Montoya & Liesenfeld, 2004; Hill et al, 2002) Infecção materna: ingestão de oocistos presentes no meio ambiente ou da ingestão de bradizoítos ou taquizoítos presentes em carnes ou produtos derivados Infecção feto-placentária: após infecção materna, possivelmente até antes do desenvolvimento da resposta sorológica materna (Kravetz et al, 2005; Singh, 2003)

Fontes de infecção: Mãos mal lavadas após manipular jardins ou caixa de areia com Fontes de infecção: Mãos mal lavadas após manipular jardins ou caixa de areia com fezes de gatos; Consumo de comida ou água contaminada com oocistos de T. gondii; Consumo de carnes ou derivados com taqui ou bradizoítos viáveis (carnes cruas); Inalação de poeira contaminada com oocistos e Via transfusão sanguínea ou transplante de órgãos (Souza, 1987; Navarro et al, 2002; Dressen et al, 1990; Bowerman et al, 1991)

FORMAS DE INFECÇÃO Formas de infecção do Toxoplasma gondii. Reprodução autorizada de Lynfield R, FORMAS DE INFECÇÃO Formas de infecção do Toxoplasma gondii. Reprodução autorizada de Lynfield R, & Guerina NG, 1997.

 Quanto mais precoce a infecção materna, maior o risco de acometimento fetal grave, Quanto mais precoce a infecção materna, maior o risco de acometimento fetal grave, porém, quanto mais tardia a infecção aguda, maior o risco de transmissão vertical (Hohlfeld et al, 1989; Dunn et al, 1999, Montoya & Liesenfeld, 2004) Idade gestacional quando ocorre soroconversão 12 16 20 24 28 32 36 40 Risco da criança desenvolver Transmissão sintomas clínicos transplacentária (%) antes de 3 anos de idade (%) 6 75 15 55 18 40 30 33 45 21 60 18 70 15 80 12

EPIDEMIOLOGIA Número de casos a cada 1000 gestantes 0, 5 SUÉCIA (Evengard et al, EPIDEMIOLOGIA Número de casos a cada 1000 gestantes 0, 5 SUÉCIA (Evengard et al, 2001) 1, 7 NORUEGA (Jenum et al, 1998) 2, 1 DINAMARCA (Lebech et al, 1999) 2, 0 NOVA IORQUE, EUA (Lopez et al, 2000) 6, 6 PARIS, FRANÇA (Remington et al, 2005) 8, 5 BÉLGICA (Naessens, 2003) 4, 2 MS, BRASIL (Figueiro-Filho et al, 2007) 5, 7 BRASÍLIA, BRASIL (Nobrega & Kamikowski, 2005)

Estima-se que 40 a 80% da população adulta já foi infectada pelo T. gondii Estima-se que 40 a 80% da população adulta já foi infectada pelo T. gondii A incidência da toxoplasmose aguda varia de 0, 2 a 1% e, quando ocorre durante a gestação, encerra um risco em mais de 40% de infecção fetal, podendo levar a diversas complicações (Paul, 2001)

Número de CTox a cada 1000 gestantes 0, 07 SUÉCIA (Evengard et al, 2001) Número de CTox a cada 1000 gestantes 0, 07 SUÉCIA (Evengard et al, 2001) 1, 7 NORUEGA (Jenum et al, 1998) 0, 4 DINAMARCA (Lebech et al, 1999) 0, 08 LONDRES, INGLATERRA (Guerina et al, 1994, Gilbert et al, 1995) MASSACHUSETTS, EUA (Lopez et al, 2000) 1, 3 -3, 2 FRANÇA (Remington et al, 2005) 0, 12 SUÍÇA (Signorell et al, 2006) 1, 1 POLÔNIA (Paul et al, 2001) 0, 3 BARCELONA, ESPANHA (Munoz Batet et al, 2004)

Número de CTox a cada 1000 gestantes (Brasil) Maior variabilidade pelo desenho de estudo Número de CTox a cada 1000 gestantes (Brasil) Maior variabilidade pelo desenho de estudo e população e grandeza geográfica) 0, 3 – 0, 6 REGIÃO SUDESTE (Neto et al, 2000; Lago et al, 2007) 0, 3 RIBEIRÃO PRETO (Carvalheiro et al, 2005) 5, 0 UBERL NDIA (Segundo et al, 2004)

Taxas de transmissão vertical têm sido encontradas a cerca de 20 -50% (Jones et Taxas de transmissão vertical têm sido encontradas a cerca de 20 -50% (Jones et al, 2001) Infecção fetal: passagem transplacentária e transmissão de parasitas após a infecção primária materna durante a parasitemia Mulheres infectadas anteriormente à concepção não transmitem a infecção para o feto, com exceção de gestantes imunodeprimidas (Jenum et al, 1998; Remington et al, 2005)

SINTOMATOLOGIA Infecções agudas em adultos: 90% irreconhecíveis, pelos sintomas subclínicos falsearem-se com doenças virais SINTOMATOLOGIA Infecções agudas em adultos: 90% irreconhecíveis, pelos sintomas subclínicos falsearem-se com doenças virais (Montoya & Liesenfeld, 2004) Manifestações mais comuns: linfadenopatia, fadiga, cefaléia, mialgia e adinamia A infecção é geralmente auto-limitada e não requer tratamento em indivíduos imunocompetentes e fora do período gestacional A infecção fetal no primeiro trimestre culmina com sérios danos fetais ou mesmo o abortamento (Kravetz, 2005) 70 -90% dos infantes com toxoplasmose congênita são assintomáticos ou sem anomalias aparentes ao nascimento (Gratzl et al, 1998; Berrebi et al, 2007)

Sinais presentes ao nascimento podem incluir febre, rash maculopapular, hepatoesplenomegalia, CUIR, hidropsia fetal microcefalia, Sinais presentes ao nascimento podem incluir febre, rash maculopapular, hepatoesplenomegalia, CUIR, hidropsia fetal microcefalia, icterícia, convulsões, trombocitopenia e raramente uma linfadenopatia generalizada Tríade clássica da toxoplasmose congênita consiste na coriorretinite, hidrocefalia e calcificações intracranianas (Hill et al, 2002; Berrebi et al, 2007; Couto et al, 2002).

Tomografia computadorizada, com e sem contraste. Lesão hipodensa têmporo-occipital à direita circundada por edema Tomografia computadorizada, com e sem contraste. Lesão hipodensa têmporo-occipital à direita circundada por edema vasogênico com intenso reforço anelar após administração de contraste. Há foco hemorrágico adjecente à lesão.

PREVENÇÃO Lavar bem os alimentos, frutas e vegetais antes de sua ingesta; Utensílios de PREVENÇÃO Lavar bem os alimentos, frutas e vegetais antes de sua ingesta; Utensílios de cozinha devem sempre ser lavados antes e após o preparo dos alimentos e somente devem ser utilizados para tal finalidade; O consumo de alimentos crus ou mal-cozidos, como ovos e carnes, devem ser eliminados; Carnes e derivados devem ser cozidos pó, no mínimo, 66ºC; Utilizar luvas de borracha (ou que não rasguem) para a lida com plantas ou terra; Higiene pessoal; Solicitar a outra pessoa deve retirar as fezes de gatos diariamente de uma caixa de areia reservada para tal finalidade ou usar uma luva de borracha; Evitar o contato com pérfuro-cortantes e, quando ocorrer, procurar atendimento médico o mais cedo possível

DIAGNÓSTICO Martim, favor Colocar diagn materno, fetal e RN (em itálico no texto), o DIAGNÓSTICO Martim, favor Colocar diagn materno, fetal e RN (em itálico no texto), o diagn por sorologia de Ig. G e Ig. M (tebela) e Ig. A e avidez por Ig. G (aviez jah está detalhado na tabela) Colocar a tabela azul de diagn Colocar somente os nomes dos outros exames (IFI, ELISA, etc) pois são de alto custo e ninguém faz isso. . . Só pra constar q há outras possibilidades. PCR (isso o martim tah sabendo muito bem. . . No cordão, no LA etc. . . ) Os gráficos (mesmo em inglês) do a 11 v 11 n 5 (trabalho q mandei em PDF) estão muito bons e

Ig. G negativo / Ig. M negativo Paciente suscetível Preconiza-se a realização de sorologia Ig. G negativo / Ig. M negativo Paciente suscetível Preconiza-se a realização de sorologia trimestral durante a gravidez. A paciente deverá ser orientada a evitar o contato com possíveis vetores ou fômites da doença e à higiene pessoal e com os alimentos. Considera-se infecção pregressa e não há risco de inativação em Paciente imunocompetentes. Nas imunodeprimidas, há risco de Ig. G positivo / ou Infecção Ig. M negativo reativação, sendo necessário PCR de líquido amniótico, já que crônica não pode ter aumento de Ig. G e Ig. M. Podemos nos deparar com uma infecção recente que não desenvolveu ainda anticorpos Ig. G ou de um falso-positivo. É Infecção aguda necessário solicitar Ig. A: se confirmada, temos uma infecção Ig. G negativo / ou falsoaguda, senão teremos um Ig. M que sugere um falso-positivo. Se Ig. M positivo esta medida não for possível, deve-se considerar infecção aguda e iniciar o tratamento e realizar uma dosagem posteriormente de Ig. G, que irá dar continuidade ou ou término ao tratamento. Deve-se realizar a distinção entre infecção aguda ou presença de Ig. M residual (pode permanecer presente por mais de 1 ano). Para tal, realiza-se o teste de avidez, que avalia a força de ligação antígeno-anticorpo. À medida que a resposta imunológica Ig. G positivo / Infecção aguda amadurece, os anticorpos Ig. G apresentam avidez cada vez maior. Ig. M positivo ou crônica Na baixa avidez (<30%) está confirmada a infecção aguda e na alta avidez (>60%), sugere infecção antiga (> 4 meses). Os valores entre 30 e 60 não permitem qualquer conclusão e, na

TRATAMENTO Logo que é estabelecido o diagnóstico de infecção materna aguda, a espiramicina 1 TRATAMENTO Logo que é estabelecido o diagnóstico de infecção materna aguda, a espiramicina 1 g via oral de 8 em 8 horas deverá ser prontamente oferecida à gestante mesmo antes da confirmação diagnóstica fetal. Esta medida tem por objetivo diminuir o risco de transmissão placentária do parasita. Com a sorologia positiva, iniciar esquema tríplice: • sulfadiazina 500 a 1000 mg VO 6/6 • pirmetamina 50 mg VO 1 vez ao dia • Ác. folínico 10 mg VO 1 vez ao dia em dias alternados

Este esquema deverá ser alternado com a espiramicina a cada 3 semanas até o Este esquema deverá ser alternado com a espiramicina a cada 3 semanas até o termo. Caso não existam procedimentos para investigação de acometimento fetal, deve-se considerar infecção fetal presente (Roman et al, 2006; (Desmounts et al, 1974) Sulfa pode ser modificada por Clindamicina 600 mg VO 6/6 em caso de intolerância

 Pirimetamina está contra-indicada antes de 20 semanas de gestação devido seu potencial teratogênico Pirimetamina está contra-indicada antes de 20 semanas de gestação devido seu potencial teratogênico e o uso da sulfadiazina no terceiro trimestre deve ser monitorado devido à possibilidade de kernicterus no recém-nascido (Frenkel, 2002) Espiramicina é a droga a ser mantida nos extremos da gravidez: antes de 20 semanas e após 37 semanas

Mulheres infectadas durante a gestação forem propriamente tratadas e os recém-nascidos submetidos, por um Mulheres infectadas durante a gestação forem propriamente tratadas e os recém-nascidos submetidos, por um ano, a um específico e clássico antiparasitário tratamento para toxoplasmose, os riscos de alterações neurooculares diminuem de 50 para 8%(Pinard et al, 2003) A reativação da doença na gravidez em pacientes previamente infectadas não é relevante, entretanto, em pacientes imunodeprimidas, devese rastrear uma possível reativação, solicitando sorologia a cada trimestre

DISCUSSÃO E CONCLUSÃO Quanto mais precoce a infecção materna, maior o risco de acometimento DISCUSSÃO E CONCLUSÃO Quanto mais precoce a infecção materna, maior o risco de acometimento fetal grave, porém, quanto mais tardia a infecção aguda, maior o risco de transmissão vertical, onde reside o fato do profissional da saúde saber diagnosticar, conduzir e tratar a paciente acometida A importância desta infecção para a assistência pré-natal reside no fato de, havendo falhas nas medidas de prevenção, ainda pode ser facilmente diagnosticada e tratada durante a gestação, evitando, assim, graves seqüelas neonatais

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Berrebi A, Bardou M, Bessieres M, et al. Outcome for children infected REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Berrebi A, Bardou M, Bessieres M, et al. Outcome for children infected with congenital toxoplasmosis in the first trimester and with normal ultrasound findings: A study of 36 cases. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol 2007; 135: 53 -57 Bichara CNC. Perfil Epidemiológico da Toxoplasmose humana na Área Metropolitana de Belém/PA - A experiência no Serviço de Parasitologia do Instituto Evandro Chagas. Belém; s. n, 2001. p. 79. Bowerman RJ. Seroprevalence of Toxoplasma gondii in rural India: a preliminary study. Trans R Soc Trop Med Hyg 1991; 85(5): 622. Carvalheiro CG, Mussi-Pinhata MM, Yamamoto AY, De Souza CB, Maciel LM 2005. Incidence of congenital toxoplasmosis estimated by neonatal screening: relevance of diagnostic confirmation in asymptomatic newborn infants. Epidemiol Infect 133: 485 -491. Couto, JCF. Diagnóstico laboratorial da toxoplasmose na gestação. Femina, nov/dez 2002, p. 731 -738. Desmonts G. , Couvreur J. Congenital Toxoplasmosis. A prospective study of 378 pregnancies. N Engl J Med 1974; 290: 1110 -16. Dreesen DW. Toxoplasma gondii infections in wildlife. J Am Vet Med Assoc 1990; 196(2): 274– 276. Dunn D, Wallon M, Peyron F, Petersen E, Peckham C, Gilbert R 1999. Mother-to-child transmission of toxoplasmosis: risk estimates for clinical counselling. Lancet 353: 1829 -1833. Evengard B, Petersson K, Engman ML, Wiklund S, Ivarsson SA, Tear-Fahnehjelm K, Forsgren M, Gilbert R, Malm G 2001. Low incidence of Toxoplasma infection during pregnancy and in newborns in Sweden. Epidemiol Infect 127: 121127. Figueiro-Filho EA, Senefonte FR, Lopes AH, de Morais OO, Souza Junior VG, Maia TL, Duarte G 2007. Freqüência das infecçõespelo HIV-1, rubéola, sífilis, toxoplasmose, citomegalovírus, herpes simples, hepatite B, hepatite C, doença de Chagas e HTLV I/ II em gestantes do Estado de Mato Grosso do Sul. Rev Soc Bras. Med Trop 40: 181 -187.

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