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Escola Bíblica Discípulo um Sacerdote Ministrante: Pr. Valdison B. Neves – Typist: Allice Manzini
Conteúdo Base bíblica I Pedro 2. 9 1 O Sacerdote no A. T 2 Jesus o Sumo Sacerdote 3 O crente como sacerdote 4 Objetivo da lição
Introdução Você já se imaginou fazendo o papel de algum personagem muito famoso como Indiana Jones ou James Bond? Caso tivesse que fazer um filme representando um destes personagens você precisaria estudar seu temperamento, suas habilidades e sua cultura. Isso é o que faremos com o sacerdote. No texto de 1 Pedro 2. 9, temos a declaração do apóstolo que somos sacerdócio real, ou seja, um reino de sacerdotes. O Apocalipse faz a mesma afirmação. Você deve ter lido esses textos nas leituras dárias. O sacerdote no Antigo Testamento Pedro, quando escreveu essa carta, teve á sua disposição o Antigo Testamento , no qual fundamentou seus ensinos e seus argumentos. Além disso, ele ouviu os ensinos de Jesus e conviveu com os apóstolos durante os anos inicias da Igreja no mundo, o que significa que podemos usar também alguns textos paralelos do Novo Testamento.
I. O Sacerdote no A. T 1. No tempo dos Patriarcas Antes de Israel ser constituído como povo e nação, distribuído em 12 tribos, cada pai de família era considerado o sacerdote. Jó, que é também o nome de um livro antigo (do tempo de Abraão), oferecia sacrifícios em favor de cada um de seus filhos (Jó 1. 5); Noé quando saiu da arca também agiu como sacerdote de sua família, oferecendo a Deus sacrifício (Gn 8. 20). Outros exemplos são Abraão (Gn 22), Jacó (Gn 31. 54) e Jetro (ÊX 18. 12). 2. No tempo de Moisés Quando o povo de Israel saiu do Egito, Deus disse a Moisés que separaria uma tribo para servir como sacerdotes no meio do povo, e a escolhida foi a de Levi (Nm 3. 1620). Deus deu a Moisés instruções detalhadas a respeito de como os sacerdotes deveriam viver e agir. Em Êxodo 28 e 29 estão registradas as instruções de Deus a cada sacerdote. O Senhor descreveu detalhadamente como deveriam ser suas vestimentas, e orientou Moisés quanto á cerimônia de consagração de cada um deles para o serviço. Arão foi escolhido para ser o sumo sacerdote (título do sacerdote do mais alto nível), e seus filhos foram designados sacerdotes.
. . . 3. No tempo de Eli e Samuel Depois da morte de Moisés e de Josué, os sacerdotes exerceram grande influência na nação. Dois deles têm mais destaque na história bíblica: Eli e Samuel (Samuel 14). No tempo dos reis, os profetas aparecem com mais destaque, no entanto, alguns continuaram exercendo papéis relevantes na vida dos reis. Destacemos dois deles: Joiada e Hilquais. 4. No tempo dos reis Joiada foi o responsável por salvar a vida de Joás. Sua mãe, Atalia, pretendia matar todos os filhos para assumir o trono. Porém a ama de um dos meninos (Joás) o escondeu. No momento apropriado, Joiada comandou um levante e depôs a rainah usurpadora, Atalia colocando Joás no trono de Judá. Ele foi uk rei segundo o coração de Deus (2 Rs 11). Hilquais ajudou o rei Josias a promover uma re- forma religiosa. Promoveu o retorno á prática da leitura da lei, o que levou o povo a uma vida de devoção e piedade. O rei sob conselho do sacerdote, destruiu os postes-ídolos, e lutou contra a idolatria do seu povo, fazendo-o voltar á adoração do Deus de Israel (2 Rs 22)
. . . 5. No tempo de Esdras era um sacerdote exemplar. Quando o povo voltou do exílio, Esdras, em cooperação com seu amigo Neemias, cuidou do povo. Ele preocupou-se principalmente com a saúde espiritual do povo. Em Esdras 7. 10 lemos da disposição desse sacerdote em buscar ao Senhor e também praticar e ensinar os mandamentos de Deus diante do povo. Em um dos grandes cultos que Esdras promoveu, explicou ao povo a palavra de Deus (Ne 8. 2). Observando esses fatos históricos, podemos definir algumas tarefas e funções dos sacerdotes: v Administravam a palavra – além de ensinar a palavra, também incentivavam o povo a ler e obedecer a palavra de Deus. v Administravam no serviço do culto – atuavam em todas as cerimônias no templo, conduzindo os fiéis aos sacrifícios que cada ofertante deveria fazer. v Atuavam como intercessores – eram os representantes do povo diante de Deus. Intercediam pelo perdão dos pecados do ofertante e da nação.
II. Jesus o Sumo Sacerdote Como vimos anteriormente, Arão e seus filhos foram consagrados para o serviço a Deus, como sumo sacerdote e sacerdotes, respectivamente (Lv 8). No Novo Testamento, no qual somos chamados de sacerdotes, Jess é o nosso sumo sacerdote 9 Hb 8 -10). Veja um breve resumo so sumo sacerdócio de Cristo. 1. Ele entrou no verdadeiro Santo dos Santos, os céus. Os sumo sacerdotes terrenos lidavam apenas com símbolos e sombras (Hb 4. 14; 9. 14). 2. Ele ofereceu o sacrifício permanete, enquanto os outros ofereciam sacrifícios temporários. A expiação do sacrifício de Cristo foi verdadeiramente eficaz (Hb 9. 1310. 18; 7. 27). 3. Ele é considerado o maior e mais elevado porque é o Filho de Deus (Hb 7. 28); Seu minis- tério é alicerçado em promessas mais claras e melhores (Hb 8. 6). 4. Ele é o mediador do Novo Pacto (Hb 8. 6). Podemos concluir que o sacerdócio de Cristo é superior ao do Antigo Testamento
III. O crente como Sacerdote 1. Como sacerdote, o crente tem acesso direto á presença do Pai Lembre-se que no Antigo Testamento apenas os sacerdotes podiam entrar na Tenda do Tabernáculo para adorar a Deus. Os outros fiéis dependiam do ministério dos sacerdotes. Hoje, todos nós temos esse acesso liberado. Precisamos louvar a Deus, pois o nosso Sumo Sacerdote, que é perfeito, recebe todos os pedidos que Lhe apresentamos. Seu trabalho não está restrito ao perdão de pecados no dia da expiação, uma vez por ano. Será que aproveitamos a liberdade que temos em Deus? Você pode dizer que tem um relacionamento profundo com Deus? E que dizer da constância com que você fala e adora a Deus? 2. O crente, como sacerdote, oferece um sacrifício muito melhor Ele não oferece bois ou outros animais – não só bens materiais. Ele oferta a si mesmo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12. 1 -2). Essa oferta valiosa tem duas dimensões: a santificação, conforme o texto de Romanos ensina, e também o serviço. Tal serviço é oferecido a Deus, mas em favor de outros (1 Pe 4. 10). Pedro nos ensina que como sacerdócio real, temos o mandamento de servir uns aos outros. Através do serviço, os irmãos podem perceber a graça de Deus, da qual somos despenseiros ou mordomos(1 Jo 3. 16; Tg 1. 27).
. . . 3. O crente oferece um louvor superior, além do sacrifício da sua propria vida O sacerdote no AT também oferecia uma oferta de louvor, feita com bolos de farinha ou então com as primícias da sua colheita (Lv 2. 1 -16; 6. 14 -23). O louvor do crente do NT é realizado com a vida toda e também com os lábios (Hb 13. 15). Isto é, não há data marcada nem local marcado para louvar ao Senhor. Todo dia, a todo tempo podemos apresentar a Deus louvor com nossas palavras e atitudes. 4. O crente louva a Deus com os seus bens materiais Temos um privilégio que os antigos sacerdotes não tinham: herança e bens. Os sacerdotes do AT não tinham terra nem herança. No entanto, Deus nos dá esse presente para a Sua própia glória e honra (Rm 12. 13; GI 6. 6, 10; Tt 3. 14; Hb 13. 3, 16; 3 Jo 5 -8). O sacrifício que o discípulo como sacerdote oferece é INTEGRAL, ou seja, abrange todas as áreas da vida; o que temos e o que somos.
. . . 5. O crente é intercessor diante de Deus (1 Tm 2. 1 e Cl 4. 12). Paulo nos ensina bastante sobre o assunto. No texto de Timóteo, ele exorta os crentes e recomenda insistentemente aos discípulos que gastem tempo de oração por todos os homens. O discípulo, segundo a Bíblia, tem uma grande agenda de oração. Se você acha que não pode orar pelo seu irmão porque não o conhece bem, Paulo nos dá em Co- lossenses, capítulo I, uma lista de pedidos que sempre podemos fazer por todos os irmãos. Você pode orar para que os irmãos conheçam a Deus e Sua vontade (CI 1. 9); para que deem bom testemunho e bom fruto (CI 1. 10); para que sejam fortes, perseverantes e alegres (CI 1. 11) e, por último, para que sejam gratos. Se nós examinassemos a nossa agenda de oração hoje, quem ocuparia maior espaço nela? Lembre-se: quando oramos, adoramos a Deus, intercedemos pelos irmãos e pedimos por nós mesmos.
Conclusão Finalmente, a maior lição que o discípulo aprende é que ser sacerdote é um projeto integral de vida cristã. Consagramos a nós mesmos a Deus para Sua glória e serviço aos irmãos. Nesse projeto, empenhamos nosso ser, nossas atitudes, nossas palavras, nosso tempo, nossos bens e nossa oração. Nós poderíamos dizer que somos discípulo sacerdote? O que poderemos mudar para ser um melhor sacerdote daqui para diante? Próxima lição: Discípulo um Embaixador
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