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Divaldo Franco
No dia 20, em Santa Cruz do Sul/RS, apresentou o tema Vitória sobre a Depressão, no Teatro Mauá. Mais de 700 inscritos compareceram para se dessedentarem com o interessante trabalho expositivo de Divaldo Franco.
Ao chegar no Teatro Mauá, carinhosamente preparado e adornado com esmero, Divaldo atendeu, com sua amabilidade característica, as pessoas que o buscavam para um autógrafo ou para dirigir-lhe um cumprimento.
O minisseminário foi promovido pela Sociedade Espírita A Caminho da Luz e teve o patrocínio do Grupo Spengler, da Floricultura Weiss Blumenn, do Laboratório Santa Cruz, da Weiss Imóveis e da Gráfica Colibri.
Participaram do evento o Vice-Presidente da Sociedade Espírita A Caminho da Luz, Jorge Steffens; o Presidente da União Municipal Espírita de Santa Cruz do Sul, Sérgio Lied; e o Presidente da Federação Espírita do Paraguai, Milciades Lezcano. Saudando o público e iniciando sua exposição, Divaldo citou Rollo May, psicólogo e teólogo americano, que escreveu que a cidade contemporânea padece uma injunção muito constrangedora porque é vítima de 400 anos de colonialismo, em cujo largo período o indivíduo desenvolveu vários caracteres de transtorno psicológico - o medo, a solidão e a ansiedade.
Esses três fatores básicos tornaram-se verdadeiros desastres emocionais para a nossa cultura, rica de ciência e de tecnologia e pobre de valores éticos e de paz, informou Divaldo, que discorreu sobre cada um desses transtornos psicológicos, dizendo que atualmente vivemos um momento em que o sentimento da afetividade tem se mostrado bastante distante das ações e emoções das criaturas.
Com esta introdução, Divaldo citou alguns estudiosos da depressão e historiou todo o conhecimento acumulado ao longo dos tempos, a descoberta dos neurônios e suas funções, os estados consciente e inconsciente da mente humana, as causas endógenas e exógenas, a incidência nas diversas fases da vida física, a forma como se apresenta, seus sintomas e as tentativas para debelar esse insidioso transtorno.
Graças à ciência foram descobertas substâncias neuronais, tais a noradrenalina, a serotonina e a dopamina que, se diminuída a sua produção, leva aos quadros depressivos. Através da farmacologia se pôde sintetizar esses neuropeptídeos, que, se administrados corretamente, podem suavizar ou retirar o portador dessa injunção.
Desta forma, explica Divaldo, a depressão tem cura porém, o paciente deve colaborar consigo, com o psicanalista, o psicoterapeuta e o psiquiatra. A recidiva é inevitável, por isso deve o depressivo tomar regularmente os medicamentos prescritos.
O orador narrou algumas histórias que permitiram que se alcançasse um entendimento mais amplo dos quadros depressivos, inclusive com a intercorrência obsessiva que acontece com grande frequência nesses quadros, valendo-se, como subsídio para sua fundamentação, de O Livro dos Médiuns, capítulo XXIII, afirmando que a obsessão faz parte de nossas vidas e que, em todo o transtorno depressivo, há um componente obsessivo.
Na depressão, o amor exerce um papel fundamental. O estímulo da família para que dê continuidade no tratamento torna-se imperioso, pois que uma das características do depressivo é perder o sentido, o significado da vida, deixando de se interessar pelos seus afetos. O depressivo, informou Divaldo, deve caminhar, correr, suar, trabalhar, orar, desenvolver o hábito por leituras edificantes, encontrar um sentido para a sua vida.
Finalizando a exposição do minisseminário, Divaldo narrou o encontro do Rabino mais importante do Século XX com o Papa João Paulo II que, quando na função de padre na Polônia, orientou a uma mãe católica que ficara responsável por um menino, durante a Segunda Guerra Mundial, a atender a promessa que havia feito à mãe do menino – enviá-lo, após o término da guerra, para Israel a fim de ser educado no judaísmo.
Assim, cinquenta e poucos anos depois, se encontraram e o outrora menino, agora Rabino, agradece o estoicismo moral do Papa. Encerrado seu trabalho, Divaldo Franco foi, em um gesto de carinho e amor, agraciado generosamente por uma salva de palmas, seguindo-se as palavras de agradecimento de Jorge Steffens.
Texto: Paulo Salerno Colaboração: Maria Helena Marcon Música: Con te partiró-Richard Clayderman Jorge Moehlecke - jorgejhm@terra. com. br Equipe do Livro Divaldo Franco, voluntários que acompanham Divaldo nos roteiros do RGS, SC e PR, custeando suas despesas com recursos próprios, tem como finalidade auxiliar na divulgação do Livro Espírita e no trabalho social da Mansão do Caminho - Salvador/Bahia, criada por Divaldo e Nilson de Souza Pereira. O grupo de voluntários teve seu inicio no ano de 1985.