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2. – O Povo da Antiga Aliança (Geografia e História de Israel) Uma viagem 2. – O Povo da Antiga Aliança (Geografia e História de Israel) Uma viagem pela Terra Santa e pela sua História Encontros de Formação Cristã Paróquia de Santa Maria de Carreço

2ª sessão – O Povo da Antiga Aliança: Geografia e História de Israel Sumário: 2ª sessão – O Povo da Antiga Aliança: Geografia e História de Israel Sumário: 1. A terra da Bíblia 1. 1 - O «Crescente Fértil» e os caminhos da Palestina 1. 2 - Nomes da Terra Santa 1. 3 - Limites geográficos 1. 4 - Zonas geográficas: a) A Transjordânia b) O Vale (ou depressão) do Jordão c) Montanhas da Cisjordânia (ou Palestina propriamente dita) d) A zona costeira e) Mapa resumo do relevo e das zonas geográficas da Palestina 1. 5 – As localidades bíblicas 2. História de Israel: breve panorama 2. 1 – A origem do Povo de Deus: Abraão e os Patriarcas 2. 2 – Moisés e o Êxodo 2. 3 - A ocupação de Canaã: de Josué aos Juízes 2. 4 – A Monarquia 2. 5 - O Cisma: os dois reinos 2. 6 – O Exílio na Babilónia e a época do Império Persa 2. 7 – O período helenístico e a Restauração do grande Israel: os Macabeus 2. 8 – O período romano 2. 9 – Cronologia sintética do Povo da Antiga Aliança 3. 4. Síntese final Bibliografia recomendada

1. A terra da Bíblia 1. A terra da Bíblia

1. 1 - O «Crescente Fértil» e os caminhos de Palestina ISRAEL SITUA-SE NO 1. 1 - O «Crescente Fértil» e os caminhos de Palestina ISRAEL SITUA-SE NO «CRESCENTE FÉRTIL» : Berço geográfico das grandes civilizações; é uma região de“meia-lua” que abrange a Mesopotâmia – mesos + potos = no meio de rios (Tigre e Eufrates), a Terra Santa e parte do Egipto. Região fértil, propícia para a agricultura. ISRAEL É PONTO DE PASSAGEM: -Caminho do Mar (a «Via Maris» ); - Caminho Real ( «Via Régia» . Isto leva a que esteja um pouco à mercê das pressões do poderio imperial dos povos vizinhos…

1. 2 – Nomes da Terra Santa NOMES DA TERRA PROMETIDA AO LONGO DA 1. 2 – Nomes da Terra Santa NOMES DA TERRA PROMETIDA AO LONGO DA HISTÓRIA… a) Na Bíblia: • «Terra Santa» (Zac 2, 12; Act 7, 33); • «Terra de Canaã» (Gn 12, 5; 13, 12; Act 13, 19); • «Terra Prometida» (porque Deus fez aliança com Abraão: a tua descendência dei esta terra, desde o rio do Egipto até o grande Eufrates); • «Terra dos Hebreus» (Gn 40, 15); • «Terra de Judá» (sul de Israel actual, referente à tribo de Judá. Rt 1, 7); • «Terra de Israel» (Ez 11, 16 -20; Mt 2, 20 -21); • etc. b) Outros: • «Kinahhi» • «Khuru» • «Amurru» • «Harus» • «Retenu» • «Palassthu» (Filisteia) Palestina não é nome bíblico. É de «Filisteia» que deriva «Palestina» , por mercê da obras de certos escritores gregos e latinos

1. 3 – Limites geográficos LIMITES GEOGRÁFICOS a) A Norte: com o Líbano e 1. 3 – Limites geográficos LIMITES GEOGRÁFICOS a) A Norte: com o Líbano e a Síria e os contrafortes montanhosos do Líbano meridional, o Monte Hermon e a profunda garganta de Litani; b) A Este: limitada pelo deserto siro-arábico que acompanha a antiga via das caravanas até ao «Wadi el. Hesa» ( a torrente «Zéred» bíblica), situada a sudoeste do Mar Morto; c) A Sul: com o Deserto do Neguev, que vai confundir-se com o deserto sinaítico; d) A Oeste: com o Mar Mediterrâneo, desde a foz Historicamente, os limites de Israel estão ligados às vicissitudes do Povo de Israel (a maior extensão territorial foi nos reinados de David e Salomão e depois no tempo de Herodes). Comprimento: «De Dan a Bersabé» (Cisjordânia) (cerca de 320 km ou 380 km se se soma o deserto do Negueb) do Nahr el-Qasimiyeh até ao Wadi el-Arish (a bíblica «torrente do Egipto» ). «Do Arnon ao sopé do Hermon» ò É uma região banhada pelo Mediterrâneo a oeste, tendo ao norte a Fenícia e Síria, a leste e sul a Arábia, e ao sul partes do Egipto. Largura: 30 a 50 km na parte Norte; 60 a 80 km na parte Sul (Transjordânia)

1. 4 - Zonas geográficas 1ª 2ª 4ª 3ª 1ª A Transjordânia 2ª O 1. 4 - Zonas geográficas 1ª 2ª 4ª 3ª 1ª A Transjordânia 2ª O Vale do Jordão 3ª Montanhas da Cisjordânia, (ou Palestina propriamente dita) 4ª A zona costeira O Vale do Jordão divide a Cisjordânia da Transjordânia

a) A Transjordânia ► Região composta por montanhas desérticas, não muito altas, separadas por a) A Transjordânia ► Região composta por montanhas desérticas, não muito altas, separadas por um bom número de torrentes; ► Região de temperaturas extremas (muito calor durante o dia e muito frio durante a noite); ► Cinco zonas (de norte para sul): Zona de Basan Alturas de Golán Situa-se aqui o Vale de Basan, de que fala, p ex. , Am 4, 1 ss Zona de Galaad Zona de Amon 1) Dt 2, 24 ; Num 22, 36 – referem-se a esta terra; Zona de Moabe Zona de Edom 2) Livro de Rute – aí se desenrola parte deste livro. 1) Gn 36, 43 - «Esaú foi o antepassado dos habitantes de Edom» 2) Flávio Josefo – João Baptista esteve preso em Maqueronte, a leste do Mar Morto

b) O Vale (ou depressão) do Jordão LAGO HULE Mar da Galileia Monte Hermón b) O Vale (ou depressão) do Jordão LAGO HULE Mar da Galileia Monte Hermón - É uma das nascentes quineret» - Diversos nomes: «lago de do Jordão, situada no (em forma de liraq; Nm 34, 11), Líbano; «Lago de Genesaré» , «Mar da Galileia» , «Lago de Tiberíades» - 2224 m altitude (tem (devido à cidade romana das margens sempre neve). em honra de Tibério); -21 km x 11 km, prof. máxima de 45 metros; 212 mt abaixo do nível do mar; água prevalentemente doce; -ZONA DO MINISTÉRIO DE JESUS CRISTO -Cidades bíblicas próximas: Korasaim, Betsaida, Cafarnaúm (não aparece no AT; importante no NT: Mt 9, 1 – aqui Jesus faz milagres) - Hoje convertido em «Vale do Hule» ; pouco resta do lago; -Aqui perto está cidade de Haçor -(Gn 11, 1 ss; 1 Re 9, 15; 2 Re 15, 29; 1 Mac 11, 67) Rio Jordão - Vale do Jordão: depressão profunda, largura média 16 Km, onde corre o Rio Jordão desde o Hermón, ao Mar Morto; desce de 329 m até 393 m abaixo do mar; afluentes principais: Jarmuc e o Jaboc; comprimento cerca de 300 km Mar Morto - LOCAL DE BAPTISMO DE JESUS -76 km x 17 km; CRISTO E PREGAÇÃO -Ponto mais baixo. DE JOÃO BAPTISTA da superfície terrestre (393 m abaixo do nível das águas do mar); intensa concentração de sais, que leva a ausência total de formas de vida.

c) Montanhas da Cisjordânia (ou Palestina propriamente dita) ► Regiões: Galileia -Formam uma cadeia c) Montanhas da Cisjordânia (ou Palestina propriamente dita) ► Regiões: Galileia -Formam uma cadeia única que parte dos montes do Líbano a norte e estende-se para sul, Samaria atravessando três regiões: Galileia, Samaria e Judeia; a única fractura Montes de transversal é a planície Efraim de Jezrael. NAZARÉ REGIÃO DA GALILEIA MONTE TABOR REGIÃO DA SAMARIA VISTA DO MEGUIDO Judeia - É a parte onde se desenrolam os principais e decisivos Montes de acontecimentos da Judá história bíblica Deserto do Negueb MURO DAS LAMENTAÇÕES BELÉM JERUSALÉM

d) A zona costeira ► Regiões: Planície de Aser Planície ou Vale de Jesrael d) A zona costeira ► Regiões: Planície de Aser Planície ou Vale de Jesrael ou Esdrelon Monte Carmelo Palco das principais batalhas nas quais se disputou a posse do país Por aqui andou o profeta Elias Planície de Saron Planície ou Costa Filisteia Shefela Negueb Ocidental “país baixo”: região de colinas entre a costa e os Montes de Judá

M. Tabor 588 m Plan Pla ie de E sd aron níc la filist M. Tabor 588 m Plan Pla ie de E sd aron níc la filist e Sefe ície Plan rel on Vale ( Ji zre do el) Jordão Montes de Efraim ia Plan ície de S Plan ície de D or ▲ Mar da BASAN Galileia Rio Jarmuc CISJORD NIA M. Carmelo 528 m Vale do Hule Rio Jaboc Rio Jordão Montes de Judá Deserto do Negueb GALAAD TRANSJORD NIA ície de A s er Lago Hule AMON Mar MOAB Morto A R A B Á EDOM e) Mapa resumo do relevo e das zonas geográficas de Israel

1. 5 - As localidades bíblicas 1. 5 - As localidades bíblicas

2. História de Israel: breve panorama 2. História de Israel: breve panorama

2. 1. A ORIGEM DO POVO DE DEUS: ABRAÃO E OS PATRIARCAS Séc. XIX 2. 1. A ORIGEM DO POVO DE DEUS: ABRAÃO E OS PATRIARCAS Séc. XIX ou XVIII a. C. (datas aproximadas) A história do povo bíblico começa com Abraão (mas é só com Josué, no «Pacto de Siquém» , que o Povo de Israel começa a existir como tal). Ele é, por excelência, o antepassado do povo bíblico. Com ele começa a História dos Patriarcas (“os chefes de família do Povo de Israel”); por exemplo: Abraão, Isaac, Jacob, os seus 12 filhos (especialmente José), Moisés… O «Crescente Fértil» facilita as migrações… …e instala -se em Haran. 2 4 …mais tarde vai ao Egipto… Por volta de 1850 a. C. (data “aproximada”), Abraão parte de Ur dos caldeus (na Mesopotâmia)… 3 5 …e ao regressar instala-se em definitivo em Hebron. 1 Em Haran ouve o chamamento do Senhor e vai morar para a «Terra Prometida» , para Siquém; -Ele é o «arameu errante» : «Meu pai era um arameu errante: desceu ao Egipto com um pequeno número e ali viveu como estrangeiro, mas depois tornou-se um povo forte e numeroso» (Dt 26, 5). - Pertencia a um clã de semi-nómadas: durante parte do ano eram nómadas e criavam ovelhas; no restante tempo faziam tímidas tentativas de vida sedentária e de cultivo da Terra. -A sua migração pode ser relacionada com a dos Amoritas, semitas ocidentais designados por «Proto -arameus» ; os semitas, de que procede o Povo de Deus, expandiram-se da Arábia Meridional para ocidente (“semita”, de Sem, um dos filhos de Noé). A viagem de Abraão tem motivos económicos (procura de melhores pastos e de melhor vida) e também religiosos (chamamento do Senhor, sendo conhecido pelo «Pai da fé» ). Mas Abraão e os seus não são, a princípio, monoteístas: num ambiente politeista, eles reconhecem um deus entre todos os outros: El; é o «Deus dos Pais» (de Abraão, de Isaac e de Jacob), protector de um determinado clã; é mais um henoteísmo (adora -se apenas um deus principal, que é o mais poderoso, mas sem negar a existência de outros). O caminho para o monoteísmo começa…

Sécs. XVII a. C. ao XIII a. C. 2. 2. MOISÉS E O ÊXODO Sécs. XVII a. C. ao XIII a. C. 2. 2. MOISÉS E O ÊXODO (datas aproximadas) No contexto das movimentações semitas (especialmente dos Hicsos, estrangeiros vindos do leste), em vagas sucessivas, os descendentes do patriarca Jacob instalam-se no Egipto (durante 400 anos – Gn 15, ou 430 – Ex 12). A «Casa de Israel» vai aumentando ao longo de todo este tempo, muitas vezes integrados na vida local. É aí que surge MOISÉS, líder e libertador, que em nome de Javé, os conduz pelo Deserto (onde Deus revela o Seu nome – Javé - no Sinai e a Sua Lei; aí dá-se a «Aliança» , celebra-se a Páscoa – «passagem» ; 1º do Senhor sobre o Egipto; 2º da Travessia para a Terra Prometida) até à Transjordânia (entre 1230 e 1220 a. C. ). Antes de chegar à Terra Prometida, Moisés morre no Monte Nebo. JOSÉ, o preferido do seu pai Jacob, é vendido como escravo pelos irmãos para o Egipto (séc. XVI a. C. ). Começa como escravo, até ser elevado à categoria de primeiroministro (especialmente pela sua interpretação dos sonhos do Faraó). Mais tarde, o pai e os irmãos vão viver para o Egipto, para a «região de Góssen» . Mas a vida complica-se e na XVIII dinastia expulsam os Hicsos, alcançando uma verdadeira perseguição à «Casa de Israel» na XIX dinastia (principalmente Seti I e Ramsés II): É o tempo da “servidão”. Éo ÊXODO, acontecimento fundante da História de Israel. Distingue-se em: 1) Êxodo «expulsão» (estes grupos penetraram primeiramente na Terra prometida); 2) Êxodo «fuga» (do grupo de Moisés) Travessia do Mar: seria o Vermelho ou o «Mar dos Juncos» ? Há muitos outros itinerários propostos…

Sécs. XIII a. C. a XI a. C. (datas aproximadas) 2. 3. A OCUPAÇÃO Sécs. XIII a. C. a XI a. C. (datas aproximadas) 2. 3. A OCUPAÇÃO DE CANAÃ: DE JOSUÉ AOS JUÍZES JOSUÉ sucede a Moisés e introduz os hebreus na Palestina, atravessando o Jordão. A Bíblia atribui-lhe a conquista da «Terra Prometida» , de um modo épico; mas a realidade mostra que a conquista foi bastante mais difícil e demorada… Com o Pacto de Siquém (Jos 24), as tribos (ou clãs) começam a identificar-se como um só Povo. Geograficamente, as tribos dividiram-se em três grupos: - Meridional (Judá, Simeão e metade da tribo de Dane Rúben); - Central ( «o grupo de Josué» , formado pelas tribos de Benjamim, Efraim, Manassés, Gad); - Setentrional (Isaacar, Zabulão, Asser, Neftali e metade da de Dan). Provavelmente, os vários grupos não ingressaram todos ao mesmo tempo na Terra Prometida. Em momentos cruciais surgem nas diversas tribos homens carismáticos, líderes libertadores, que preparam e conduzem a guerra: os JUÍZES. Dividem-se em maiores (Otoniel, Eúde, Débora e Barac, Gedeão, Jefté e Sansão) e menores (todos os outros). O último juiz, SAMUEL (também profeta), constitui a transição para a realeza: volta o povo para o culto ao Verdadeiro Deus; combate e vence os Filisteus; escolhe Saúl para primeiro rei.

A partir do Séc. XI a. C. até ao X a. C. (Reino unido) A partir do Séc. XI a. C. até ao X a. C. (Reino unido) 2. 4. A MONARQUIA As tribos vêem a necessidade de se unir, colocando alguém à frente que as governe e as oriente, devido às fortes investidas dos povos vizinhos, especialmente dos filisteus. Impõe-se a necessidade da Monarquia. DAVID (c. 1012 -972): - Começa por ser soldado de Saúl; - No plano militar e político: * Com a morte de Saúl, as tribos do Sul elegem-no como Rei; só mais tarde é que se impôs ao Norte, unificando assim todas as tribos num território; • Conquista Jerusalém aos jebuseus; • * Elimina definitivamente os filisteus; • Funda um império desde o mar Morto até à Síria, aproveitando o enfraquecimento da Assíria e do Egipto; • Fixa a realeza à sua família (profecia de Natan); -No plano administrativo: -* Torna Jerusalém capital do reino; • Organiza o seu reino, criando diferentes funções (chefes de exército, secretários, cronistas…); • Chega a fazer um recenseamento; -No plano religioso: * Reorganiza o culto; * Começam os preparativos para a construção do Templo; * Transporta a Arca da Aliança para Jerusalém. SAÚL - É o primeiro rei de Israel, que governou durante cerca de 30 anos; - Foi escolhido pelos chefes de Israel, em torno do carismático profeta e último juiz, Samuel, que o ungiu como rei; -Conquistou grandes territórios aos filisteus, com a ajuda do filho Jónatas; - Aos poucos distancia-se do povo, cresce a inimizade entre ele e David e os filisteus reconquistam terreno; - Morre na batalha de Guilboá. (c. 1033 -1012 AC): SALOMÃO (c. 972 -933): -Filho de David e Betsabé, que fora esposa de Urias, sucede o pai no trono; -É conhecido pela sua sabedoria; -No plano político e administrativo divide o país em 12 distritos administrativos e prossegue uma política de centralização; o comércio marítimo é também intenso; -No plano religioso constrói um grandioso Templo; consegue certa unidade religiosa; -Contudo: • As despesas eram enormes, pelo que sobrecarrega o povo com impostos (inclusive para construir o seu palácio, maior que o Templo…); • A sua vida privada deteriora-se (tem um grande harém de mulheres (cerca de 1000 ? ? ? ), algumas das quais levam-no à idolatria; • Morre após 40 anos de reinado.

Do séc. X a. C (933 a. C. ) ao Séc. VI a. C. Do séc. X a. C (933 a. C. ) ao Séc. VI a. C. 2. 5. O CISMA – OS DOIS REINOS Os pesados tributos de Salomão estão na base da revolta: o filho de Salomão, Roboão, não ouve o pedido das tribos do norte para lhes suavizar os encargos e dá-se a cisão; assim, a partir de 933 a. C. há dois reinos: -O Reino do Sul ou Judá, com capital em Jerusalém, cujos reis são descendentes de David; os reinados são maiores do que no Sul; destaque para o rei JOSIAS, que em 622 a. C empreende uma reforma religiosa (encontra durante obras do Templo, um escrito, provavelmente do Deuteronómio): destrói todos os lugares de culto, deixando apenas o Templo de Jerusalém (para eles, se Deus é só um, só pode viver num santuário); neste Reino destaca-se a acção dos profetas Isaías, Miqueias, Jeremias, Naum, Habacuc e Sofonias; -O Reino do Norte, ou Israel, com Samaria por capital (primeiro Siquém), cujos reis não descendem de David (19 reis divididos por 9 dinastias, sendo 8 deles assassinados, pelo que há menor estabilidade e os reinados são mais pequenos do que no Sul); Jeroboão foi o primeiro rei: criou dois lugares de culto a Javé (um em Betel e outro em Dan), mas deixou-se levar pela idolatria; neste Reino destaca-se a acção dos profetas Amós, Oseias, Elias e Eliseu; -O império de David desintegra-se, pois além disso, há outros territórios que declaram a independência (Moab, Amon, etc. ). . FIM DO REINO DO NORTE Cai sob o poder dos Assírios (722 a. C. ) FIM DO REINO DO SUL Cai sob o poder da Babilónia (587 a. C. ) O Templo de Jerusalém é destruído.

Sécs. VI a. C. a Séc. IV a. C. 2. 6. O EXÍLIO NA Sécs. VI a. C. a Séc. IV a. C. 2. 6. O EXÍLIO NA BABILÓNIA E A ÉPOCA DO IMPÉRIO PERSA CATIVEIRO (OU EXÍLIO) DA BABILÓNIA (587 A. C. a 538 A. C. ): • Deportação para a Babilónia dos principais responsáveis de Judá, à volta de 20000, em três vagas sucessivas; • Lá conservam a cultura e crença nacionais, mas sem o Templo, começam a reunir-se aos Sàbados, início das Sinagogas; na generalidade falam em aramaico; • Surge a preocupação de conservar e purificar tudo o que se refere à Lei de Moisés e também captam-se elementos antigos das culturas vizinhas; destaque para a acção dos profetas Ezequiel, Deutero-Isaías e Abdias; • É redigido o Talmude da Babilónia, texto normativo dos judeus; • Começa a «Diáspora» dos judeus, ou “Dispersão”; • Em 538 A. C. , Ciro, rei da Pérsia, conquista a Babilónia e dá liberdade aos judeus de voltarem a Judá (pelo Édito de Ciro). ÉPOCA DO IMPÉRIO PERSA: • Corresponde a um regresso de alguns exilados da Babilónia; • Ciro começa a reconstruir os fundamentos do Templo, mas é interrompido pela oposição dos samaritanos; • A reconstrução do Templo de Jerusalém deu-se sob a liderança de Zorobabel (descendente da família real), entre 520 e 515 A. C. ; • Não é restaurada a Dinastia de David; entre 445 e 443 AC, são reconstruídas as muralhas de Jerusalém, sob o comando de Neemias; • No pós-exílio destaca-se a acção dos profetas Ageu, Zacarias, Malaquias, Joel, Jonas, Baruc, Daniel e Trito-Isaías; • ESDRAS é o encarregado de formular, promulgar e fazer respeitar as Leis de Moisés: é a Tora, ou Pentateuco (em 398 AC? ); • As bases do judaísmo estão lançadas: há uma organização política sem realeza, cujos dois pólos são de carácter religiosos, o Templo e a Lei.

Séc. IV a. C. ao Séc. I a. C. 2. 7. O PERÍODO HELENÍSTICO Séc. IV a. C. ao Séc. I a. C. 2. 7. O PERÍODO HELENÍSTICO E A RESTAURAÇÃO DO GRANDE ISRAEL: OS MACABEUS Em 333 a. C. , a Palestina é conquistada por Alexandre Magno, senhor de um vastíssimo Império. Após a sua morte, o reino é dividido entre os Lágidas do Egipto, a sul e os Selêucidas na Síria, a norte. A Palestina fica sob o domínio dos Lágidas ( «ptolomeus» ) (320 a. C. a 300 a. C. ). Em 200 a. C. a Palestina passa para o domínio dos Selêucidas. Estes decretam a perseguição sistemática dos judeus. O auge é atingido em 168 a. C. , quando Antíoco IV Epifânio ordena a helenização sistemática e forçada da Samaria e Judeia. É proibido observar as crenças judaicas, como o Sábado. Em 300 a. C. funda-se uma colónia em Alexandria, importante centro comercial e cultural, em que a cultura grega é difundida. Aí faz-se a tradução da Bíblia em grego (dos LXX). Uma família de sacerdotes, os Asmonianos (Macabeus) começa uma revolta de luta armada, com Matatias e a sucessão de seus filhos, especialmente JUDAS MACABEU, que purifica o Templo em 164 a. C. (de que deriva o Hanoukah, festa judaica) e torna Israel independente. Israel é agora tão grande como no tempo de David…

A partir de 63 A. C. Ao séc. VII d. C. 2. 8. O A partir de 63 A. C. Ao séc. VII d. C. 2. 8. O PERÍODO ROMANO Em 63 a. C. , a Palestina é incorporada à Província Romana da Síria, por POMPEU. No reinado de Herodes, o Grande, nasce JESUS CRISTO, nos Anos 8, 7 ou 6 a. C. (parece que Dionísio, o Exíguo, no século IV, enganou-se na contagem do Tempo em 6 ou 7 anos). A casa de Antípatro, alto funcionário pró-romano, consegue grande aceitação dos romanos. O seu filho, Herodes (o grande), é nomeado rei dos Judeus pelo senado romano em 40 a. C. , mas na dependência dos romanos. Começa o “século de Herodes”: reconstrói o Templo, constrói Cesareia marítima, continua a helenização do país, sempre tendo em vista o interesse dos romanos… Morre em 4 a. C. . À sua morte, o reino foi dividido pelos seus três filhos: Arquelau, Herodes Antipas (o tal, de João Baptista…) e Filipe.

3. Síntese final òAtravés da Geografia Bíblica. . . òAtravés da História de Israel. 3. Síntese final òAtravés da Geografia Bíblica. . . òAtravés da História de Israel. . . ò Podemos localizar os relatos no espaço e no tempo… ò …compreender as regiões nas quais ocorreram os factos relatados na Bíblia… ò …e os lugares específicos indicados no texto bíblico e suas actuais localizações geográficas. ò Podemos compreender as sociedades que viveram nestas épocas; ò O contexto Testamento… ò A religião bíblica, é uma religião da História: Deus revela-Se através dos acontecimentos de um povo, como veremos; ò O conhecimento da história do povo hebreu é de fundamental importância para se compreender a história do cristianismo e sua evolução. do Antigo

4. Bibliografia recomendada 4. Bibliografia recomendada